top of page

junte-se

 à 

FESTA

Troca de Receitas @ 21h!

Resenha do Filme: Silêncio Das Inocentes.

  • Sisnando Vilas Boas
  • 9 de set. de 2015
  • 4 min de leitura

http://www.ameliapt.com.br/sesc-tv-exibe-documentario-violencia-domestica-mulher-dia-2812/

Gazola. I. Silêncio Das Inocentes, Brasil: 13 de setembro de 2010. Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br Acesso em: 14 de março de 2013.

http://www.ameliapt.com.br/sesc-tv-exibe-documentario-violencia-domestica-mulher-dia-2812/

Resenha Critica

Ique Gazzola começou sua carreira como músico baterista (Violetoscopio), estudou arte dramática na Casa de Cultura Lauro Alvim, em 1991. Fundou a Cia. de Teatro Atores de Laura, uma renomada companhia de Teatro brasileiro. Em 1998, estagiou produção, depois foi promovido à assistente e em seguida a produtor. Já trabalhou como assistente de câmera, e então descobre que sua vocação era a direção de cena. Atuou em diversos locais como: a TV0, Conspiração, Margarida (SP), Yes Filmes, Cara de Cão Filmes (RJ e BH) entre outras. No seu trajeto, dirigiu diversos curtas e documentários, obteve prêmios relevantes. Devido a suas habilidades foi contratado como diretor de cena em publicidade para a Unicef, e teve seu primeiro filme estrelado por Renato Aragão. Trabalhou em várias agências como: Ogilvy, Young & Rubicam, Contemporânea, Agência3, Talent, Giovanni, FCB, Fischer América, Artplan, DNA, RC. Possui como especializações: Direção de atores em filmes publicitários, Criação, desenvolvimento, formatação e direção de projetos de Branded Content e audiovisuais para TV e cinema.


O filme em, síntese, é um documentário sobre histórias de mulheres vítimas de violência doméstica, tem como principal relato o da farmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes, uma mulher que foi brutalmente espancada pelo marido por seis anos. Atirada nas costas, ficou paraplégica. O que gerou a busca pela punição de seu agressor por dezenove anos. Isso preocupou órgãos internacionais de justiça e defesa da mulher, que formalizam com Maria uma denuncia junto à OEA (Organização dos Estados Americanos). Que resultou na criação da Lei nº11340/2006 com seu nome, visando o combate a violência contra as mulheres. Além do caso Maria da Penha, o filme agrega pessoas do campo do direito, que dão um aparate teórico esclarecedor sobre a funcionalidade da lei Maria da Penha e suas aplicações. Destaca ainda uma cultura engessada machista, o medo que as vítimas têm de denunciar seus agressores, mediante a constantes ameaças, e com isso trilham o caminho da dor, e do silêncio.


O documentário tem como eixo central a historia de Maria da Penha Maia Fernandes, além de relatos de outras mulheres que estão em situação de violência, aliados ao apoio discursivo de profissionais da justiça engajados a área. Há casos que chamam bastante atenção, em especial o de uma senhora que tem seu rosto e parte do corpo queimados por seu marido, fato que causa bastante impacto. Esta cena figura a progressão da violência, que pode chegar a casos extremos, levando até a morte, a luz do que ocorreu com a cabeleireira, que após sete tentativas de denunciar seu ex-marido, sem retorno, termina assassinada por ele em seu próprio estabelecimento. Em repúdio ao sistema, pode-se ainda explanar a participação da delegada lotada na primeira delegacia da mulher, a qual mostra, em seu relato, a indignação para com o sistema, pois quando em situação de vitima procura auxilio em uma delegacia e é tratada com negligencia. A trama deixa claro que a violência pode estar em várias esferas sociais, e pode ser administrada de diversas formas, seja ela física, psicológica, moral, sexual. Em sua progressão narrativa, o documentário traz idéias que destacam a dificuldade que diversas mulheres em situações semelhantes têm para denunciar seus agressores. Profissionais da área procuram esclarecer o motivo para essas dificuldades, analisando a hipótese de que quem procura auxilio, deseja apenas resolver a situação, e não acabar com seus casamentos. Revelam ainda que há mulheres que endeusam seus homens de tal forma, que mesmo sofrendo agressões, não são capazes de se libertar dos elos, que as ligam a estas correntes. Estes profissionais reportam ao documentário múltiplas informações relevantes para elucidar as dúvidas sobre a funcionalidade do sistema, com o intuito encurtar o caminho árduo que as vitimas acabam por trilhar.


Apesar da problemática da narrativa em conjunto com os depoimentos abordados em locais tão distantes, quanto Niterói e Fortaleza, em um curto tempo de duração com primorosa habilidade, o documentário consegue denunciar a violência contra a mulher Brasileira atrelada a uma relativa situação de impotência e mesmo não abstraindo sensibilidade e emotividade em tais situações, gera grande impacto aos que o assistem. Fica, então, a incógnita que mesmo após a criação da lei Maria da Penha, o feminicídio ainda é bem frequente em nossos pais, o que reflete um sistema falho, para além da falta de informações, e por vezes havendo estas informações muitas mulheres ainda, permanecem caladas por temer que o pior aconteça, ou pelo simples fato de estarem acomodadas com tal situação.


O presente documentário tem apoio governamental, e faz parte do acervo de filmes da TV Escola, volta-se para a difusão de temas sociais e busca ampliar conceitos específicos veiculados nos campos do conhecimento. A temática abordada destina-se, à diversos níveis do meio acadêmico, e a família de modo geral, pois fomenta a idéia que situações como essas resvalam em todos componentes da família, deixando-os intimamente abalados.




__________________________

¹VILAS BOAS, S. P. Discente do curso Bacharel em Comunicação Social Jornalismo em Multmeios, da Universidade do Estado Da Bahia, DCHT Campus XXIII Seabra. Email: sispvb@gmail.com Autor.




 
 
 

Comments


2015, Criado por alunos de Jornalismo da UNEB

bottom of page